quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Aventuras de um Bardo - 16ª Parte

   Pelékun avançava com escudo erguido e machado arrastado ao chão, seu amigo vinha com um machado em cada mão e atrás de Pelékun. Os piratas se moveram, um para esquerda e um para a direita. O da direita era não só o que pegou a espada, como também que cortou a malha de Pelékun. Pelékun cerrou seus dentes e avançou. Seu amigo foi em direção ao outro.
   Pelékun chegou já atacando, quando se aproximou, levantou o machado e tentou afundá-lo no pirata, que bloqueou o ataque com a espada curta, que estava em sua mão esquerda, sendo esta quebrada em duas partes. Tendo desviado o ataque, o pirata atacou novamente com sua espada curva, mas dessa vez não havia vantagem. Pelékun empurrou o escudo na direção da espada com toda sua fúria, anulando o ataque, e, com, além de toda sua fúria, sua dor e rancor pelo inimigo, ergueu seu machado mais uma vez, e, quando o machado desceu, este foi pintado pela carne e pelo sangue pirata, iniciando sua trajetória no ombro direito, passando no meio dos peitos e no lado esquerdo abdominal, fazendo com que o pirata tombasse morto. Pelékun se virou, para ver como estava o duelo entre o outro pirata e seu amigo, o qual ele acreditava que vencia.
   Seu amigo estava todo ensanguentado, ainda de machados erguidos, e sua armadura estava no chão. Seu tronco tinha vários cortes na altura do peito, que teriam sido os que fizeram a cota de malha cair, tinha também um grande corte nas costas, do ponto mais alto ao mais baixo. Seus braços estavam com vários cortes fundos, que permitiam ver os ossos do braço. O seu rosto estava intacto, exceto pela falta da orelha esquerda, que estava no chão. Cada corte fez com que ele sangrasse muito. O pirata tinha perdido o braço esquerdo e tinha um corte vertical da direita para a esquerda na região do abdômen, que também sangrava muito. Mas ainda assim, o pirata devia estar ganhando, já que o amigo de Pelékun mantinha-se no lugar e o pirata se movimentava agilmente, avançando e recuando dele. Pelékun gritou para encorajar seu amigo, dizendo algumas palavras, já esquecidas. Este olhou para trás e sorriu. Se virou para o pirata, e, como se fosse a primeira vez em anos, avançou com seus machados. O pirata fez o mesmo, avançou sem hesitar. No encontro dos dois, o pirata flanqueou sua espada no abdômen do amigo de Pelékun, enquanto que este atacou o braço direito, com o machado esquerdo, e a perna esquerda, com o machado direito.

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