quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Aventuras de um Bardo - 3ª Parte

   Logo desceu o anão gordo, que olhou para a garota e a chamou, acordando-a. O cachorro continuou em seu profundo sono, e os outros dois subiram ao segundo andar. Quando Allan se viu livre para voltar a espionar, ouviu ao pé do ouvido direito uma voz.
 -- O que você quer aqui..? Está querendo se machucar? -- Allan foi tomado de um terror, e não pôde se mover, finalmente lembrou que o grupo tinha seis pessoas, e ele espionava cinco. O tempo todo, ele estava sendo espionado por aqueles a quem espionava. -- Você tem duas alternativas, -- Continuou a voz -- ou sai daqui, sem olhar para mim, ou sobe comigo e diz o que quer. E então?
 -- Eu... Gostaria... De saber como vocês vivem. -- Aos poucos, o terror ia diminuindo, e a coragem voltava a correr no sangue, a pouco gelado, de Allan.
 -- Vocês?!? Quem pensa que somos?
 -- Caçadores de recompensa, não? E o anão, dono dessa casa, é o chefe de vocês. -- Com toda sua pouca coragem, se virou para a pessoa que estava ao seu lado. Teria preferido não o ter feito.
  Quem estava ao seu lado era um homem, o mais feio que já havia visto. Seu rosto era todo marcado de cortes e queimaduras, a pior era uma queimadura em forma de infinito, sobre os olhos e no lugar das sobrancelhas. Tinha um corpo forte, talvez um metro e setenta de altura e uns oitenta quilos. Sua única arma era uma adaga de lâmina vermelha, que estava a pouco no pescoço de Allan. Ficou decidido que subiriam.

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