sábado, 18 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 47ª Parte

   Allan foi andando pela casa, passando pela entrada, uma sala e um corredor. O local estava escuro, mas os olhos de Allan já haviam se acostumado com aquela falta de luz. O chão era, estranhamente, de madeira, muito empoeirado e cheio de insetos sujos. Um cheiro de morfo, recebido pelo nariz de Allan, era mais forte que qualquer outra coisa que ele sentia. No final do corredor, viu o primeiro sinal luminoso.
   Era uma luz avermelhada, como de fogueira, e parecia ser uma grande fogueira, tão grande que, quando Allan se deu conta de que estava sozinho, teve medo de continuar. Olhou para trás e não viu Pelékun, o ultimo companheiro que deixou para trás, a poucos minutos. Mas, como os goblins não haviam alcançado ele, Pelékun com certeza não havia morrido.
   Engolindo a sensação de medo a seco, no escuro, com uma coragem enfraquecida, Allan continua andando pelo corredor, até a sua aresta, onde a luz bate. Encostado na parede, se escondendo, ele tenta ouvir alguma coisa, mas sua respiração está ofegante demais, e ele só consegue ouvir batidas de martelo, que são os sons mais altos. Ele passa o olho esquerdo, para olhar o que tem lá.
   Primeiro vê uma tocha, que estava iluminado o corredor, alguns metros depois, uma escada, descendo. Allan pegou sua flauta e tocou um conjunto de notas que fazia sua coragem crescer, e, com o escudo nas costas, a espada embainhada no quadril e a flauta nas mãos, começou a descer as escadas de madeira devagar e agachado, tentando ver o que havia lá em baixo. No fim da escada, havia uma porta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário