quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 63ª Parte

   Jack ficou sentado, observando o lobisomem, que também estava sentado, mas com os olhos fechados. Jack parecia estar mudando de cor, sua pele começara a ficar roxa, mas ele sorria ao ver o sofrimento do lobisomem, que não conseguia mexer nem o braço esquerdo, nem a perna direita, e ainda tinha a faca de Jack na mão direita, estando sangrando muito. Pelékun estava ainda tentando se soltar da parede, mas, ao ver Jack caindo, parou de se debater e, após alguma meditação, fez um estrondo, que chamou a atenção do lobisomem, que se virou para ele, ficando de costas para Allan, enquanto, com um grande espasmo corporal, acompanhado de uma expansão muscular fantástica, que fez com que ele se soltasse e aterrissasse no chão, logo antes de ir até Jack.
   Enquanto Pelékun ia até Jack, Allan, que estava atrás das costas do lobisomem, iniciou uma série de ataques à coluna vertebral do lobisomem, até este tombar para frente. Tendo o lobisomem caído imóvel, Allan foi ao socorro de Jack.
   Jack parecia estar com algumas costelas quebradas e alguma delas ainda perfurou o pulmão. Com isso, Jack estava com a respiração muito fraca. Pelékun vai até o local onde seu machado caiu, quando foi lançado, e, com o machado em mãos, dá várias pancadas na cabeça do lobisomem, que faz um curto movimento brusco ao primeiro ataque, e deixa de se mover. Finalmente morto, depois de tanto trabalho.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 62ª Parte

   Enquanto Jack recobrava o equilíbrio, Allan se aproximava do lobisomem, que continuava com os ataques aleatórios. Allan passou por baixo das garras do lobisomem duas vezes, e Jack vinha logo atrás, com o dobro da velocidade.
   O lobisomem deu ainda mais um ataque antes de urrar, com o ataque de Allan na pata inferior esquerda. Allan tocou outra nota e atacou o mesmo lugar. Jack cortou o tendão de Aquiles da perna direita, fazendo o lobisomem se apoiar na pata direita dianteira. E esse foi o próximo alvo, fazendo com que o lobisomem, que urrava de dor sem parar, sentasse, enquanto tentava acertar Jack com a esquerda. Allan tocava uma melodia agitada e fúnebre.
   Até que o monstro agarrou Jack, finalmente. Jack, com as mãos livres, ainda deu uma estocada na pata do lobisomem, mas este colocou a pata direita na frente do golpe, e, apertando Jack na esquerda, o fez largar sua arma.
   O lobisomem urrava e Jack gritava. Allan parou de tocar e, sorrateiramente, se aproximou do ombro esquerdo do lobisomem e deu três estocadas nele. Com mais um urro, o monstro largou Jack novamente, mas agora Jack parecia ter dificuldades para respirar.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 61ª Parte

   Allan saiu do caminho de Jack, que rolou várias vezes após ter caído no chão. O lobisomem vinha vagarosamente, e, enquanto isso ocorria, Jack já levantara e já se aproximara de Allan.
   -- Vai ficar olhando, ou o que? -- Dizia Jack, enquanto passava ao lado de Allan, indo em direção ao lobisomem.
   -- O que devo fazer? -- Allan ia acompanhando Jack, indo de encontro ao inevitável.
   -- Eu só preciso acertá-lo com isto, corta qualquer coisa -- Jack mostrava sua faca, que estava na mão direita. A outra espada caiu durante a queda -- Faça sua mágica.
   Antes que Allan pudesse responder, Jack começou a correr em direção ao inimigo, que se aproximava, do outro lado. Allan pegou sua flauta e tocou algumas notas, esperou alguma coisa, mas nada aconteceu. Segurando a flauta um pouco mais forte, uma lâmina surgiu, e Allan correu para a batalha.
   Jack estava de calça suja de lama e camisa rasgada, portando apenas a faca. Allan vinha atrás, de cota, calça e botas, portando sua faca e sua flauta, que era uma espada. Pelékun estava preso na parede, tentando forçar uma queda dali, de armadura completa. O lobisomem estava a frente, de calça apertada.

   Chegando mais próximo, Allan tocou poucas notas na flauta e correu em direção ao lobisomem. Jack já estava quase alcançando-o, quando levou um tapa, que o afastou. O lobisomem começou a atacar o ar, aleatoriamente.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 60ª Parte

   O lobisomem tomou duas porções de ar por suas narinas, e ficou numa posição de ataque. Era enorme, tinha uns três metros e meio de altura, além de forte e peludo. De sua roupa, o que restou foi a calça, que se tornou um colante sobre seus músculos inferiores. Pelékun seguia em direção a Jack, que encarava o monstro com sua confiança inabalável. Allan ficou paralisado, observando.
   Logo que Pelékun alcançou Jack, ambos correram em direção ao lobisomem, que esperou que se aproximassem, para dar uma patada vertical com as grandes guarras abertas, das quais os dois lutadores esquivaram-se, indo um para cada lado. Jack foi o primeiro a alcançar o lobisomem, chegando pela direita do monstro e atacando-o no tronco, com sua faca vermelha. Logo atrás, vinha, de cima, Pelékun, com o machado segurado nas duas mãos, num salto, tentando um ataque vertical direto.
   O lobisomem segurou Jack pelo braço da faca e deu um tapa em Pelékun, como se ele fosse uma mosca, e ele foi lançado para trás, como se estivesse voando, sendo enterrado, desacordado, dentro de um buraco feito na parede, preso em sua armadura. Jack tentara se soltar, em vão. Com o mesmo braço que atacou Pelékun, o lobisomem pegou as pernas de Jack, que se retorcia e tentava forçar uma fuga, sem sucesso. O lobisomem o colocou frente ao seu rosto, e latiu.
   Um latido alto e poderoso, que fez Allan sair de seu transe e perceber o que havia acabado de ocorrer. Olhando novamente para o lobisomem, Allan via Jack, que havia sido lançado, voando em sua direção.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 59ª Parte

   Allan enxergou um brilho amarelo, recentemente familiar, no pescoço do ferreiro, preso em um cordão. Um colar da pedra de Grundor. Correu novamente ao encontro do ferreiro e deu uma pancada, com sua flauta, na cabeça dele. Enquanto ele estava tonto, Allan já retirara o colar, o qual colocou no próprio pescoço.
   Allan passou a se sentir muito bem, um tipo de confiança que nunca havia experimentado. Se sentia forte e capaz. Enquanto estava se sentindo bem, Pelékun acabara de decapitar o ferreiro. Mas Allan não chegou a perceber, até que Pelékun corria em direção ao outro rapaz, que lutava com Jack.
   Pelékun alcançou rapidamente o rapaz, mas este esquivou-se de seu duro ataque vertical, que afundou no chão da sala. Jack continuou a pressioná-lo, mas ele ainda conseguiu tomar distância. Quando Allan se virou, para ver o que estava acontecendo, viu o rapaz sendo distorcido, rapidamente ganhando pêlos e garras. Crescendo em altura e em músculos. Em pouco mais que cinco segundos, o jovem se transformou num lobo. Um lobisomem.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 58ª Parte

   A pedra, voltando a ser dura, tomou forma de uma barra lisa, que Allan colocou dentro da própria roupa. E se virou para ver como estavam as lutas. Jack e o rapaz continuavam na mesma situação, mas Pelékun ia perdendo devagar sua disputa de força e o cachorro monstro estava quase bom.
   Allan foi até onde estava o monstro, e enfiou a espada, como uma estaca, no pescoço dele, com sucesso. Allan tomou sua flauta e sua faca e foi tentar ajudar Pelékun. Pelékun trocava pesados golpes de machado e espada larga, se defendendo de alguns golpes com o escudo. Ele conseguira alguns cortes leves no ferreiro, mas também havia recebido alguns. Estavam em igualdade. Allan veio por trás, sorrateiramente, e, se aproximando, enfiou sua faca nas costas do ferreiro, que não o havia percebido e caiu ajoelhado. Allan puxou sua faca, enquanto Pelékun desferia um ultimo golpe de machado, que foi defendido, estranhamente, pelo ferreiro, que se levantou e chutou Allan no peito, lançando-o longe, com as costas regeneradas. Mas Allan não sentiu tanta dor quanto deveria, e a dor que sentiu logo passou.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Aventuras de um Bardo - 57ª Parte

   Allan correu o mais rápido que pôde até chegar ao caldeirão. Para a sua surpresa, a pedra estava intacta, e ele soube que o que ele via era a pedra porque havia visto uma pedra pouco maior que sua mão aberta, dentro de um balde, provavelmente, de titanium, estando o balde esquentando a pedra, que brilhava em sua coloração amarela. Ele sabia que não podia ser ouro. Ouro tem um brilho opaco, e, oras, Allan já havia visto uma moeda de ouro. Era outra coisa, algo impressionante e belíssimo.
   Tendo parado para admirar a pedra, Allan toma um susto, ao ouvir o urro de Jack, que havia levado mais um ataque do rapaz, que tinha apenas dois cortes no corpo, mas tinha, também, muitos hematomas. Olhando para o cachorro monstruoso, viu que seu corpo já estava quase normal, e que ele iria voltar para a batalha. Logo, colocou a mão dentro do balde e segurou a pedra. Para sua surpresa, a pedra, ao invés de quente, estava um pouco amolecida, mas, logo que foi retirada dali, voltou a ser dura, mas emitia um brilho ainda mais forte. A batalha continuava.