quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aventuras de um Bardo - 55ª Parte

   Rapidamente o cachorro se transformou num monstro parecido com o que Allan havia enfrentado, só que ainda maior. Ele jogou a cabeça de encontro às lâminas de Jack, que não hesitou e continuou o ataque. A visão que Allan teve foi do cão aparecendo em sua frente, e, enquanto gigante, tapando toda a visão, deixando como um pano negro e, logo após, uma estrela cadente vermelha surgiu em meio ao preto.
   Jack dividiu a cabeça do cão em duas, com a adaga, e ainda deu uma estocada, que acertou de leve o ombro do rapaz, que, quando Jack acertou o monstro, já havia soltado Allan e estava tomando distância.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Aventuras de um Bardo - 54ª Parte

   -- Chegou sua hora, me enfrente! -- Pelékun entrou gritando, enquanto Allan era segurado. Não tendo percebido ou ignorando isso, Pelékun, logo que falou, avançou em direção ao garoto, sendo interceptado pelos cachorros, que foram cortados em dois pelo seu grande machado, e, depois, pelo ferreiro, que surgiu com uma espada larga, que ele segurava com as duas mãos. -- Vai, agora! -- Enquanto Pelékun trocava força com o ferreiro, Jack surge da porta arrombada, com espada e adaga, passando por cima de Pelékun e atacando diretamente a Allan e ao rapaz. O cachorro maior, que estava junto a Allan, se transformou e tentou defender o ataque de Jack.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Aventuras de um Bardo - 53ª Parte

   -- Opa, o que temos aqui... Eu te conheço? -- O rapaz veio falando e, enquanto Allan olhava-o fixamente, ele se agachou em sua frente, e ficou esperando pela resposta.
   -- Hum... -- Allan olhou para os lados, buscando um pouco de coragem, até que finalmente falou -- Eu fui mandado por Grundor para pegar de volta uma coisa dele.
   O rapaz olhou para cima, como que mexendo na memória, até que disse em sobressalto -- Ah, sim! O grande Grundor! Como está aquele nanico? Você veio sozinho? Veja bem, eu te respeito muito por ter chegado até aqui, mas desista.
   -- Não vim sozinho, meus amigos estão ou vindo, ou em outro lugar. Alguns foram da encruzilhada para cima, e outros estão chegando. Por que eu deveria desistir? -- A coragem havia voltado a sorrir para Allan, que respondia ao rapaz como que com autoridade. Daí começaram a conversar, onde Allan soube que a pedra estava no caldeirão sendo modificada. De alguma forma, mesmo com tanta coragem, Allan não conseguia atacar o rapaz, mesmo quando ele estava virado de costas. Após alguns minutos de conversa, Pelékun arromba a porta de repente, e, no mesmo momento, Allan foi abraçado, pelas costas, pelo rapaz. Era um abraço do qual ele não conseguia se soltar.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Aventuras de um Bardo - 52ª Parte


   Allan parou de tocar e ficou escondido, esperando por um momento oportuno para atacar. Mas teria que ser rápido, sua coragem, a cada segundo, ia embora devagarinho. Ele observara três vezes o local onde os dois homens estavam e eles ainda estavam lá, fazendo a mesma coisa. Quando viu que sua coragem já estava escarça, parou pra respirar. Levou uns trinta ou quarenta segundos ali, de olhos fechados, abriu e olhou novamente, houve uma diferença, que paralisou Allan, o qual ficou com frio por um segundo.

   A primeira coisa que viu foi um focinho preto, depois um rosto de cachorro, muito grande. O animal estava encarando ele de perto, curioso, e, depois que o calafrio passou, Allan viu o rapaz atrás, que também o olhava e, percebendo que Allan finalmente o vira, se aproximou naturalmente, enquanto o cachorro saía do seu caminho.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aventuras de um Bardo - 51ª Parte

   Antes que pudesse ver qualquer coisa, recebeu uma baforada calorosa de calor, um vento muito quente passou por ele, mas sua coragem continuou firme. Abriu mais a porta e viu uma grande sala, preenchida por uma pesada e densa névoa quente. A sala, apesar de ampla, não permitia que Allan visse muita coisa, além de uma chaminé que alimentava uma caldeira, as duas mais fortes fontes de luz e calor que vira desde que entrou na caverna. Próximo à caldeira haviam duas formas humanoides que também podiam ser vistas. Fora isso, o que Allan via era apenas alguns móveis, quando se aproximava deles.
   Allan deixou o escudo nas costas e segurou espada na direita e flauta na esquerda. Com a espada estando embainhada na bainha, no lado esquerdo do quadril, Allan ia tocando uma melodia que dava sono aos que ouviam a musica, e assim foi se aproximando. Pelo caminho, alguns pequenos cães estavam dormindo. Allan continuou tocando, até que pôde ver os dois que estavam ali ao redor da caldeira. Era um homem, já de alguma idade, usando uma calça e um avental, além de grossas botas e luvas. Ele segurava um cabo que ia até o interior da caldeira, na mão direita, e um martelo, de tamanho médio, na esquerda, com o qual batia em algo dentro da caldeira. O outro homem era de pouca idade, e só observava o trabalho do outro, e procurava por algo na sala, talvez por Allan. Ele, diferente do outro, não parecia sentir calor, mas usava uma bermuda e um colete, ambos de couro. Havia também um cão negro, muito parecido com o de Grundor, que não saía de perto do garoto, mas estava atento olhando para todos os lados.