sexta-feira, 31 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 50ª Parte

   Allan continuava inconsciente, enquato o estranho avançava lentamente, vitorioso. A pouco mais de um metro de distância de Allan, ele parou. Parou e ficou observando Allan, parou do nada, não podia mover nada além dos olhos, que, nervosamente, se debatiam com raiva dentro dos olhos. Ficaram alí ainda quase um minuto, até que Allan começou a se mecher, acordando. O olhar raivoso se tornou receoso, e agora, ao invés de tentar atacar, queria fugir.
   Allan abriu os olhos, e ficou aliviado. Deu tempo de terminar todas as ordens celebrais e de sobreviver. Teve uma enorme vontade de decaptar o homem, mas o deixou ali. Sem tocá-lo, passou por ele e abriu, corajosamente, a porta que estava no final do corredor.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 49ª Parte

   O homem, ao se virar, abriu o leque e, com um balanço na direção de Allan, fez com que uma onda de ar o empurrasse em vários metros para trás, caindo sentado no chão. Enquanto Allan recobrava a consciência, equilíbrio e posição, o homem avançava em direção a ele. Num susto, Allan apoiou o pé na barriga do homem e, segurando nos dois braços, o puxou para o apoio do pé e o lançou para trás, lançando o homem no chão, o qual caiu de costas. Allan pegou a flauta e começou a tocar algumas notas, que não fizeram efeito nenhum, enquanto o homem levantava.
   Levantando, o homem começou a movimentar o leque, criando várias ondas de ar, das quais Allan tentava esquivar, sem muito sucesso, enquanto tocava suas notas. Uma das ondas acertou, em cheio, o peitoral de Allan, o lançando quase na base da escada. Ele foi lançado tocando suas notas, e, quando caiu, perdeu totalmente a consciência. Lentamente, o homem foi se aproximando, vitorioso.

domingo, 19 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 48ª Parte

   Com toda a coragem que pôde reunir, abriu a porta com dificuldade. Era um pouco pesada, tal peso aumentara por causa de todo o medo que sentia. Foi sendo aberta devagarinho, e enquanto se abria, mostrava um corredor subterrâneo, vazio, com três portas laterais no decorrer dele, e uma outra porta no final do corredor.
   O cheiro de morfo que reinava na casa, enquanto Allan caminhava pelo corredor, era deixado para trás e trocado por um cheiro ainda mais perturbador. O que Allan sentia agora era um cheiro de queimado, e quanto mais se aproximava do final do corredor, a temperatura ia aumentando. Allan começou a tremer, imaginando o que estaria atrás daquela porta, mas antes de chegar até ela, tendo já passado de duas das três portas laterais, a primeira porta lateral pela qual passou se abriu, repentinamente.
   De trás da porta, apareceu um rapaz, sem camisa, com uma leque de madeira, com uma pedra bem grande, branca, com uma inscrição rúnica. Ele apareceu virado para a escada, e foi andando, o que acalmou Allan, mas o suspiro que não pôde evitar chamou a atenção do homem, que se virou, furioso.

sábado, 18 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 47ª Parte

   Allan foi andando pela casa, passando pela entrada, uma sala e um corredor. O local estava escuro, mas os olhos de Allan já haviam se acostumado com aquela falta de luz. O chão era, estranhamente, de madeira, muito empoeirado e cheio de insetos sujos. Um cheiro de morfo, recebido pelo nariz de Allan, era mais forte que qualquer outra coisa que ele sentia. No final do corredor, viu o primeiro sinal luminoso.
   Era uma luz avermelhada, como de fogueira, e parecia ser uma grande fogueira, tão grande que, quando Allan se deu conta de que estava sozinho, teve medo de continuar. Olhou para trás e não viu Pelékun, o ultimo companheiro que deixou para trás, a poucos minutos. Mas, como os goblins não haviam alcançado ele, Pelékun com certeza não havia morrido.
   Engolindo a sensação de medo a seco, no escuro, com uma coragem enfraquecida, Allan continua andando pelo corredor, até a sua aresta, onde a luz bate. Encostado na parede, se escondendo, ele tenta ouvir alguma coisa, mas sua respiração está ofegante demais, e ele só consegue ouvir batidas de martelo, que são os sons mais altos. Ele passa o olho esquerdo, para olhar o que tem lá.
   Primeiro vê uma tocha, que estava iluminado o corredor, alguns metros depois, uma escada, descendo. Allan pegou sua flauta e tocou um conjunto de notas que fazia sua coragem crescer, e, com o escudo nas costas, a espada embainhada no quadril e a flauta nas mãos, começou a descer as escadas de madeira devagar e agachado, tentando ver o que havia lá em baixo. No fim da escada, havia uma porta.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 46ª Parte

   Pelékun olhava instintivamente para os lados e para a parte de dentro da casa, onde Allan estava. "Alguma coisa aí?" e "Até agora nada" foi a conversa que se repetiu três vezes, antes de aparecer a primeira criatura que vinha atacá-los. Logo após a primeira, vinheram mais três. Todos pela rua, encontrando, assim, a Pelékun na porta. De dentro não veio ninguém.
   Eram criaturas estranhas a Allan, as quais depois veio a descobrir serem chamados de Goblins. Eram pequenos, talvez uma altura média de um metro e vinte, tinham a pele acizentada, talvez pela falta de sol, e usavam tangas de couro e lâminas. O primeiro a aparecer usava, além de sua lâmina, uma pequena tocha acesa. Ele parou em frente a Pelékun, a alguns metros de distância.
   -- Quem são vocês? Vocês podem entrar aí? -- Disse a criatura, com sua voz meio rouca e um tipo de sotaque ameaçador -- Respondam! -- Quando a criatura gritou, as outras três ameaçaram avançar.
   -- Vinhemos pegar algo de volta -- Disse Pelékun, firmemente -- Vão tentar nos impedir? Podem vir -- Pelékun levantou seu escudo, demonstrando que não sairia dali. O goblin líder, que era um pouco mais alto, deu um grito mais alto, e os outros três foram ao encontro de Pelékun, que estava na porta -- Allan, veja o que tem lá dentro, em pouco tempo eu te encontro -- Foi a ultima coisa que Pelékun disse, antes de começar a se defender dos golpes dos goblins e ser deixado por Allan, que adentrou na casa.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 45ª Parte

   Allan e Pelékun foram andando pela cidade, que ia aumentando gradativamente sua área, sendo que em um momento, provavelmente no centro da cidade, que ainda parecia vazia, o teto estava tão longe, que talvez mesmo que Niko lançasse uma flecha, poderia ocorrer de esta não chegar no teto.
   Enquanto andavam, devagar, ambos prestavam atenção em todas as direções. Allan até tomou um susto com um rato, o qual morreu por um corte assustado da espada de Allan. Os sinais de fogo se mantinham à frente deles, e eles iam se aproximando. Alguns minutos depois, andando, encontraram a casa de onde saiam os sinais de fogo. Era uma casa grande, em comparação às outras, mas com outra diferença que era uma abertura bem no centro dela, por onde saia a fumaça.
   De longe, os dois foram se aproximando, e pararam em frente à porta. Era uma porta alta, mas de pouca largura, de modo que só cabia uma pessoa por vez. Estava semi-aberta e tinha algumas escrituras estranhas a Allan, as quais depois ele descobriu serem runas. Quando Pelékun tocou na porta, ele e Allan ouviram um barulho baixinho, e depois alguns outros barulhos. Pelékun abriu a porta, empurrando-a e mandou Allan ficar do lado de dentro, enquanto ele estava do lado de fora. Ambos pegaram seus escudos e armas e esperaram para ver o que aconteceria então.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Aventuras de um Bardo - 44ª Parte

   Todos pararam pra pensar em que direção ir, tiveram uma conversa duradoura até perceberem que Marton estava suando muito. A água do espaço anterior havia dissolvido os curativos de Marton, que estava sofrendo muito. Decidiram que teriam que sair logo dali e encontrar lugar para Marton.
   Criaram dois grupos. Niko e Thalatta de um lado, Allan e Pelékun do outro. Marton ficou para descansar, com um novo curativo e um pano gelado no rosto. Haviam dois caminhos, uma subida e uma descida. Niko perguntou a Pelékun onde ele queria ir, e ele escolheu descer. Então o grupo se separou.
   Allan desceu várias escadas de pedra, até chegar numa cidade subterrânea, cheia de casas, e, ao longe, um sinal de fumaça. Decidiram continuar andando pelas ruas.