sábado, 27 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 43ª Parte

   As duas flechas saltaram do arco dançando entre si, rodeando uma a outra enquanto cortavam o ar, indo em direção ao monstro. Allan pôde ver a sombra das flechas passando por cima de sua cabeça um instante antes de elas acertarem seu alvo.
   Cada flecha afundou dentro de um olho do monstro, que, em seu mais alto urro, caiu para trás, enquanto se debatia. O urro alto mudou para um chiado meio baixo, como um choro, mas ele ainda era um monstro, e os aventureiros estavam com pressa, além do que, depois de toda aquela adrenalina, todos puderam sentir o cheiro e calor daquele lugar, que fazia todos pingarem de suor e cheirava a cocô de monstro, misturado com restos de animais e pessoas mortas, que fediam mais que o cocô.
   Aproveitando a chance, saíram todos da água e foram até a passagem. Havia um pequeno corredor e, no final, dois caminhos, um que levava pra cima e um que descia ainda mais.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 42ª Parte

   O monstro continuava atacando, agora de frente para a margem, Pelékun até conseguiu dar um golpe de machado, que afundou na perna traseira direita, antes de ser retirado, e a pata foi colocada para trás por instantes. Quando o monstro se acostumou a dor da perna, começou um ataque frenético de braços, caldas e cabeça. Não havia espaço para atacar, e Allan esperava a flechada de Niko, que não vinha.
   -- Vocês tem que segurar ele, tá se movendo demais, e eu preciso acertar em um único tiro! -- Dizia Niko, lá da margem -- Façam ele ficar parado por cinco segundos!
   Falar é fácil, Allan pensou, mas devia ser o único jeito, afinal eram as mesmas flechas que Marton atirou, e Niko dizia de uma forma como que iria conseguir fazer a flecha penetrar a carne do monstro.
   Allan, numa tentativa de ajudar Niko, enfiou sua espada no pé esquerdo do monstro, quando teve a chance, o que fez o monstro dar um grunido de dor. Pelékun logo deu outro golpe de machado, o que fez o monstro parar e encará-los, provavelmente com muita raiva. No momento em que parou, Niko atirou.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 41ª Parte

   Em pouco tempo Niko chegou à terra seca, e Marton parou de atirar, após uma ordem para tal, indo junto com Niko averiguar a passagem. Na água, o monstro atacava um escudo por vez, esperando o enfraquecimento de algum ou uma abertura, mas não encontrava nada que procurava na defesa firme dos três, que ia recuando devagar.
   Niko olhou a pedra que barrava a passagem e descobriu que ela não estava encostada na parede, mas separada desta em uns cinquenta ou sessenta centímetros, tendo espaço o suficiente para uma pessoa passar. Só não poderia passar o monstro, que prenderia o corpo entre a pesada rocha e a parede. A passagem dava para um caminho que terminava numa bifurcação.
   Marton gritou aos que estavam na água tudo isso e Niko tomou de volta o arco e flecha e, dizendo que após o tiro todos deveriam correr, ajeitou duas flechas e mirou.



domingo, 14 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 40ª Parte

   Enquanto os escudos de Pelékun e Allan defendiam os ataques do monstro e Niko tentava tirar a atenção deste, Marton ia mancando até o outro lado, enquanto Thalatta ficava vigiando os dois grupos. Entre vários golpes, e após um tempo defendendo e forçando os escudos sobre o monstro, um golpe sobre o escudo de Allan o fez escorregar na água, caindo de bunda na superfície da água e, posteriormente, no solo.
   Após o primeiro ataque derrubar o pequeno alvo, o monstro se lançou de cabeça para finalizar o humano. Para a sorte de Allan, Thalatta estava ali, na frente dele, com seu bumerangue-escudo, provavelmente salvando sua vida. No mínimo, evitando um ferimento grave.
   Marton estava quase do outro lado, e gritou avisando que já podiam recuar. Allan se levantou e retornou a sua posição defensiva, e agora a parede estava formada por ele, Pelékun e Thalatta. Niko corria em direção à margem, onde Marton havia chegado. Marton atirava flechas sobre o monstro, mas sem efeito, já que elas batiam no corpo e não podiam perfurá-lo, mas ainda tirava a atenção e atrasava o monstro.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 39ª Parte

   Iam se aproximando, o monstro e o grupo, o monstro apoiado nas quatro patas, com a água até um pouco acima da parte frontal do tronco, e o grupo em formação, com a água até até o joelho.
   O grupo ia andando em direção ao monstro, Allan, Pelékun e Niko na frente e Thalatta e Marton atrás. Marton, mesmo tendo fechado as feridas da batalha anterior com o lanceiro, sentia tanta dor pelos ferimentos que andava mancando, atrasando o grupo, mesmo que bem pouco. Niko, por isso, ia na frente, entre os escudos de Pelékun e Allan, com suas duas adagas, cada uma quase do mesmo tamanho que a espada de Allan ou Marton. Thalatta estava entre o grupo da frente e Marton, esperando chegar a colisão, para saber o que faria.
   Em menos de um minuto, os dois lados estavam frente a frente, e ainda faltavam cerca de vinte metros até o outro lado. Lá, pelo que Allan viu rapidamente, havia uma pequena passagem bloqueada por uma pedra, após poucos metros de terra firme. O monstro ergueu-se e deu um tapa, na parede de escudos, que foi segurado com muita dificuldade. A parede de escudos, com todo o seu esforço, ia forçando o monstro a ficar de costas para a beira do rio.

sábado, 6 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 38ª Parte

   Era um largato gigante, mas estava equilibrado em duas das quatro patas. Sua pele reptiliana era marrom e esverdeada, parecia muito forte e resistente. Tinha duas caudas, marrons, muito grossas, deitadas no chão. Nas costas e nas caudas haviam escamas. Ele estava de costas à primeira vista, depois se virou.
  As patas dianteiras, como braços com garras, eram aparentemente fortes e as garras eram enormes e afiadas. A parte frontal do tronco parecia ser a parte do corpo menos resistente, sendo ainda muito resistente, como um couro marrom musculoso que ia do final das patas inferiores até a cabeça. A cabeça era totalmente verde, com brânquias atrás dos olhos vermelhos, e com a boca gigante a vinte centímetros dos olhos, à frente. Dentes enormes e afiados, cheios de baba e restos de animais sem sorte, em cima da boca, um grande fucinho marrom, que fazia um som alto a cada inspiração e expiração.
   Quando se virou, o monstro encarou os aventureiros e, num salto, mergulhou na água e ia em direção a eles, rosnando. Niko mandou forçar uma formação para fugirem, com Pelékun e Allan fazendo a parede de defesa, ele interceptando o monstro e Marton e Thalatta na reta-guarda. Então avançaram em formação na direção do monstro, visando passar por ele e, em terra, fugirem.
   

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Aventuras de um Bardo - 37ª Parte

   Só restava o homem que lutava contra Jack, e eles já estavam agora no chão, trocando golpes. Marton estava machucado, mas levantou-se ainda assim e, com a ajuda de Allan, desceu das pedras e foi até Niko, Pelékun e Thalatta, que já haviam preparado o cicatrizante.
   Colocada rapidamente a papa esverdeada nas feridas de Marton, Niko lhe deu seu arco, para que ele ficasse afastado das lutas. E passaram todos, indo mais a fundo na caverna, enquanto Jack continuava lutando.
   Passando dali, andaram cerca de cinco minutos e, após uma descida ingreme, estavam de frente a um rio subterrâneo. Pelékun foi o primeiro a entrar na água, que ficou no seu joelho. Após ele, um a um, foram todos entrando e caminhando pelo rio, que era muito grande. Andaram por mais de dez minutos e o rio ainda não tinha fim, e, de repente, Pelékun parou, assutado.
    O restante do grupo foi ver o que assustou o homem, e, mais a frente, estava o final do rio, mas de lá entrou na água um ser estranho, que Allan nunca tinha visto antes e nunca voltara a ver parecido.