domingo, 31 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 36ª Parte

   Allan foi, com sua espada e escudo, correndo para atacar o lanceiro. Mas, antes de chegar onde ele e Marton estavam, haviam algumas pedras em cascata, que teriam de ser escaladas. Marton havia saltado cada uma delas, mas Allan não conseguiu e teve que escalar. Quando chegou perto dos dois, olhou como estavam lutando.
   O lanceiro tinha uma flecha na perna esquerda e um corte no ombro direito, Marton estava com vários cortes pequenos, que não estavam sangrando, um corte na perna direita e um corte embaixo do braço direito. O lanceiro mancava sobre a perna, mantendo a distância enquanto atacava, e Marton tentava se aproximar e atacar, enquanto Niko, de longe, atirava flechas.
   Allan deu a volta, para escalar pelas costas do lanceiro. Pegou sua flauta e tocou algumas notas. Mas, por um erro, o efeito foi passado para Marton, que ficou tonto. O lanceiro acertou outro golpe na perna de Marton, enquanto Allan subia a pedra. Antes de o lanceiro terminar de puxar a lança de volta, ele ajoelhou-se após receber um corte de espada nas costas. O lanceiro ainda virou atacando com a lança, mas o golpe não passou do escudo.
   Ao mesmo tempo que a lança batia no escudo, Allan ouve um semi grito. Quando abaixou o escudo para ver o que aconteceu, e viu uma flecha atravessada no pescoço do lanceiro, que estava morto.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 35ª Parte

   Tudo isso aconteceu muito rápido, e enquanto acontecia, as outras lutas continuavam. Jack continuava trocando socos e chutes com o homem musculoso. Marton continuava enfrentando o lanceiro, com o apoio das flechas de Niko, que já acertaram a perna esquerda do lanceiro.
   Jack continuava em sua batalha pela maior resistência e força, ambos os lutadores estavam machucados e sangrando, e suando por cima do sangue. O cheiro que eles adquiriram era tão forte, que Thalatta preferiu se afastar ainda mais do grupo. Mas era uma luta emocionante. Estava claro que o inimigo era mais forte que Jack, que era mais rápido, o que não contava numa batalha de resistência, tampouco em uma que Jack nem tentava esquivar-se.
   Marton continuava tentando passar da guarda do lanceiro, que mancava sobre a perna esquerda. Apesar de estar mancando, ele não só se defendia, como contra-atacava. Marton foi acertado em alguns lugares de raspão, sendo sempre salvo por Niko, que atirava uma flecha na hora certa. Allan decidiu ajudar Marton.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 34ª Parte

   O defensor enfiou uma estocada com a ponta da espada desgastada sobre o corpo de Pelékun, que estava com o machado preso no escudo dele. Pelékun largou o macado e, com um movimento giratório, esquivou o corpo da tragetória da espada e, enquanto girava, deu um soco de ferro, com o lado de fora da mão, virando o rosto do defensor, que teve sua ultima visão: a ponta da espada de Allan, que foi enfiada em seu peito, até o fundo. O defensor começou a vomitar sangue, enquanto se debatia, com a espada entre os peitos. Ele olhou para Allan, com os olhos quase fechados, roxos e mortos, abriu a boca e tentou falar alguma coisa. Allan ficou olhando para ele, enquanto ele passava seus ultimos segundos de vida. Tudo parou, tudo o que importava era aquele defensor abatido, que continuava vomitando sangue e agora erguia o braço para Allan.
   --Ele quer saber seu nome. -- Disse Pelékun, que pegou o escudo do defensor e pegou o machado de volta. -- É um ótimo escudo, pegue. Ele vai gostar disso com você. -- Jogou o escudo para Allan, que pegou, sem jeito, e olhou. O escudo era pesado, mas dava pra carregar.
   --A...Allan é o meu nome. -- Disse olhando para o defensor, enquanto colocava o escudo no braço -- Posso levar isto? -- O escudeiro fez um sinal positivo na mão e caiu no solo, por cima do sangue que havia vomitado.
   

sábado, 23 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 33ª Parte

   Niko atirou novamente, a flecha voou em direção ao inimigo de Marton, que teve que parar de atacar para bloquear a flecha. Marton começou a atacar, com golpes aleatórios, que fizeram o inimigo começar a recuar, enquanto se defendia. Thalatta lançou seu bumerangue no homem que lutava contra Jack. Jack e o homem esquivaram do projétil gigante, e Jack mandou que não atrapalhassem. Ele estava com o corpo todo roxo e cheio de bolhas, o que o deixava ainda mais feio, do outro lado, o homem musculoso estava em um estado parecido, com a diferença de que estava com algumas bolhas abertas, por onde saia sangue.
   Pelékun continuava com a batalha de escudos, o escudo do rapaz que lutava com ele estava desfigurado, cheio de marcas do machado, já o escudo dele estava intacto, tirando alguns arranhões feitos pela espada. Eram lutas parcialmente equilibradas, mas Allan cansou de ficar assistindo e partiu pra cima do defensor. Pelékun, que percebeu, bateu com o escudo mais forte e, com um golpe de machado, prendeu o escudo do rapaz abaixado no chão. O rapaz não pensou duas vezes e investiu uma estocada em Pelékun, enquanto Allan vinha com uma estocada, que o rapaz não viu.

Aventuras de um Bardo - 32ª Parte

   O primeiro a alcançar o alvo foi Jack, que recebeu um golpe de machado de cima para baixo, do qual esquivou, indo para o lado, enquanto contra atacava com sua espada, num golpe lateral. O homem defendeu com um bracelete do braço, que devia ser muito resistente e pesado, mas logo após o primeiro golpe ser defendido, Jack deu um chute nos peitos do inimigo, que o fez ser lançado para trás. Enquanto isso, Marton, saltava algumas pedras para chegar onde o garoto lanceiro estava. Chegando, foi recebido por uma rajada de rápidas estocadas de lança, as quais defendeu firmemente.
   Antes de Allan encontrar o defensor, este avançou em direção a ele e Pelékun, que ia na frente. Pelékun, ao ser alcançado, bateu escudo com escudo, e nenhum dos dois cedeu. Os dois lados batiam com o escudo e atacavam com suas armas. Allan parou novamente, para assistir as lutas. Jack havia praticamente esquecido suas armas, e estava trocando socos e chutes, Marton não encontrava espaço e Pelékun fazia uma batalha de paredes, com os escudos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 31ª Parte

   Enquanto Niko atirava, Allan, Marton e Jack corriam juntos para atacar. Quando Allan pôde ver os inimigos, ficou paralisado por alguns segundos. Allan parou e olhou enquanto um grande homem feio, de cabelo longo, marrom, e olhos zarolhos, além de orelhas muito pequenas e quase dois metros de altura e uma grande pança, caia lentamente, com uma flecha no olho esquerdo. Quando ele caiu, com o barulho que o grande corpo fez, Allan voltou a si e olhou o que estava acontecendo.
   Um homem caído, com um bastão de madeira na mão, um pequeno rapaz, parecendo ter a mesma idade de Marton, com uma lança com a ponta de pedra polida, sobre uma pedra alta, um homem de boa altura muito musculoso, com um machado com a lâmina de aço, e um rapaz, talvez de idade similar a de Allan, com uma espada de ferro e um escudo de madeira, com as bordas cobertas por ferro.
   Marton ia em direção ao rapaz de lança, Jack ia em direção ao homem do machado, e Pelékun acabara de passar por ele, indo para a batalha. Allan, então, correu em direção ao rapaz de espada e escudo, Pelékun havia escolhido o mesmo alvo.
 

domingo, 17 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 30ª Parte

   Jack e Pelékun se encostaram na parede da caverna, em silêncio. Allan e Marton foram até onde eles estavam, mas Jack mostrou a mão esquerda aberta, sinalizando que deveriam parar, olhou para trás e, com outro gesto de mão, chamou Niko, que veio e deu uma breve olhada no que estava depois da virada. Tirou uma das flechas, colocou-a na corda do arco e puxou.
   Então virou para trás e chamou Thalatta, que se aproximou, depois ele avisou que depois que ele avançasse, era para todos irem e passarem por ele, todos assentiram. Niko, num salto, ficou no meio do caminho, depois da curva, e atirou a flecha. Todos vinheram atrás.
   A flecha saiu rapidamente de dentro do arco, foi voando dentro daquela caverna fria, girando e cortando o ar que estava a sua frente. Em um segundo, encontrou seu alvo, um olho aberto, que deve ter visto uma linha de ferro se aproximar. A ponta da flecha tocou o olho, que ia se fechando, mas que não teve tempo o bastante. Ao toque, o olho afundou na cabeça, sendo sempre acompanhado pela flecha. Quando o corpo da flecha estava enfiado até a metade, ela parou.

sábado, 16 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 29ª Parte

   Ainda faltava algum tempo até que invadissem a caverna. Allan já havia melhorado muito com suas feridas e agora carregava uma espada de ferro nas costas. O grupo descansou próximo a entrada até o sol começar a se por, e, quando o sol começou a ficar vermelho e sumir no horizonte, o grupo estava pronto para derramar mais sangue. Comeram pouca coisa e entraram na caverna.
   A caverna era quente e úmida, desde a entrada. Muitos ventos passavam pelo caminho que se seguia, entrando e saindo da caverna. Haviam oito barracas intercaladas, quatro em cada lado, nas paredes da caverna. Pelékun olhou dentro de cada barraca, mas, estranhamente, não encontrou ninguém. Sem pensar duas vezes, numa ordem tanto de Niko quanto de Jack, todos prepararam suas armas e foram caverna adentro. Alguns metros depois da entrada, a caverna começou a escurecer, até que houve uma curva para direita, seguida de uma descida, onde apareceram várias tochas acesas, em fileira, no decorrer do caminho, fazendo o caminho ficar claro.
   Jack ia na frente, com a adaga na mão esquerda e a espada na direita, ao lado de Pelékun, que estava com seu machado na mão direita e o escudo, visto pela primeira vez por Allan, de cor avermelhada, retangular, com uma ponta na extremidade inferior, no braço esquerdo. No meio, bem próximos aos que estavam na frente, estavam Allan e Marton, cada um com sua espada em uma das mãos; e, por fim, Thalatta, com seu bumerangue, e Niko, de arco e flecha, estavam mais atrás, na retaguarda. Pouco antes de uma nova curva após alguns metros, Jack fez sinal para que todos parassem.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 28ª Parte

   Allan estava sangrando em vários lugares do corpo. Haviam pequenos cortes nos braços, principalmente no direito, dois cortes não muito fundos no tronco, um de cada lado, de onde saía algum sangue, um pequeno corte na orelha esquerda e um corte mais fundo, na coxa direita, de onde saía muito sangue, além do ombro esquerdo, que sangrava ainda e estava inchado. Ele permanecia deitado, quieto, com a espada sobre seu corpo.
   Marton estava de pé, com a mão esquerda sobre o ferimento. Parecia mais preocupado com a armadura que com a dor, quando Allan abriu os olhos para dar uma olhada nele. Marton guardou sua espada e foi em direção a Niko, que continuava sentado.
   Jack, após receber uma concha com um tipo de papa de Pelékun, saiu de seu lugar e foi até Allan. Allan esteve olhando, enquanto Jack se aproximava, e dava uma boa olhada nele, expressando um grande orgulho em seu rosto feio. Quando Jack tirou as espadas de junto de Allan, embaixo da espada recém recebida havia um outro corte, maior que os outros, na armadura. Jack tirou a parte de cima da roupa de Allan, deixando-o apenas com a calça e as botas. Onde havia o grande corte na armadura, havia apenas uma fagulha no meio dos peitos dele.
   Colocando a mão direita na papa, Jack começou a passar a papa sobre as feridas. Colocou mais papa no ombro e na coxa que nos outros lugares. Quinze minutos depois, as feridas menores estavam fechadas e as duas maiores cicatrizadas. Jack colocou mais um pouco da papa e mandou Allan se vestir. Marton também estava bem.
   Enquanto Allan se vestia, Thalatta conversava com os donos da casa, que ela tirou de dentro da casa, destrancando-a. Após mais alguns minutos, voltaram a ir para a caverna. Jack falou para Allan espetar com a espada, pois seria mais fácil matar o inimigo assim. No meio da tarde, estavam em frente a caverna.

terça-feira, 5 de março de 2013

Aventuras de um Bardo - 27ª Parte

   Eram muitos ataques, e muito rápidos. Allan não conseguia defender nem a metade deles, mas, graças a sua sorte, os ataques estavam desestabilizados, e, várias vezes, acertavam o ar com muita força, dando a Allan a oportunidade de contra-atacar, que ele não perdia. No fim, ambos estavam feridos, mas o Lobo continuava, como se nada tivesse acontecido.
   Niko se levantou e se aproximou de um dos corpos. Tirou-lhe a máscara, e viu um rosto desfigurado, orelhas curtas e pequenas, em formato circular, olhos vazios, vermelhos, não havia nariz, somente dois buracos e a boca.... A boca era normal. Eram meio-orcs, todo esse tempo. Por isso aguentaram tanto. O líder deveria ser o pai, o orc genuíno.
   Niko recolocou rapidamente a máscara, e voltou, como se nada tivesse acontecido. Chamou Jack, em particular e disse o que havia visto. Jack deu uma grande gargalhada."É o ultimo teste, afinal! Só não imagino como eles chegaram aqui."
   Marton esteve desmaiado, por ter batido a cabeça num tronco de arvore, mas, acordando, foi silenciosamente por trás do Lobo e, com toda sua força, afundou sua espada nas costas do Lobo, o que fez com que, finalmente, o ataque sobre Allan parasse. Mas foi por pouco tempo. Alguns segundos parados os três, e o Lobo virou, com a espada em suas costas, e atacou Marton, cortando na base de seu peito, passando um pouquinho em sua armadura e fazendo sair algum sangue. Allan, desesperado, girou o corpo, parado e, tendo pego algum impulso, levantou a espada com a lâmina na altura do pescoço do Lobo, arrancando-lhe a cabeça.
   A cabeça caiu no chão e não se mexeu, por causa da máscara, que ficou fincada no solo. O corpo não se mexeu também, foi um corte rápido. Um segundo depois, o sangue apareceu, vermelho escarlate. Allan decapitou um homem. O sangue foi descendo, devagar, pelo corpo, passando pelo tronco e pelos braços, pela perna e pelas mãos, finalmente, pela espada, que estava firme em sua mão direita. Allan esqueceu sua dor, quando tomou a bela espada ensanguentada do Lobo, e caiu no chão, de cansaço.